A Amazônia brasileira será o cenário da nova cúpula climática da ONU no ano que vem. De mãos dadas com o evento, os funcionários de turismo esperam mudar a imagem do país e motivar o turismo ecológico.
O Brasil tem a oportunidade de mudar sua imagem de destino de praia pela de um destino ecológico mais amplo a partir da Cop 30 -a Conferência da ONU sobre o clima- que se organizará em Belém em 2025.
O encontro, no cenário da selva amazônica, visará conseguir novos acordos de sustentabilidade para o ambiente e frear o desflorestamento.
Para o ministro de Turismo, Celso Sabino, é uma oportunidade para que o Brasil potencie seu atrativo como destino de ecoturismo e aumente as viagens à sua selva amazônica e outros biomas que oferecem a maior biodiversidade do mundo.
Apesar da extraordinária natureza brasileira, só 9 % dos visitantes que atualmente visitam o Brasil viajam em busca de ecoturismo: ao contrário, dois terços buscam os tradicionais atributos de sol e praia, explicou Sabino.
“O turismo é essencial para a sustentabilidade e preservação dos bosques, dando o desenvolvimento econômico necessário para os habitantes locais”, afirmou o ministro em declarações à imprensa.
Por isso, o governo brasileiro se propõe a atrair mais turistas ambientais e de aventuras. O país tem margem para crescer: o turismo no Brasil contribui com menos de 8% do PIB, frente a mais de 20 % em nações como a República Dominicana.
Com o mesmo objetivo, as autoridades de turismo trabalham em um plano de ampliação dos voos para o Brasil e participam também, esta semana, da feira Seatrade Cruise Global em Miami.
“O Brasil tem uma vocação natural pelo ecoturismo dada sua biodiversidade única. Há um enorme potencial para aproveitar”, disse Marina Figueiredo, presidente executivo da Braztoa, a associação brasileira de operadoras turísticas.
A ONU escolheu no ano passado o Brasil para receber em 2025 a Cop 30 em Belém, capital do estado do Pará. O governador do Pará, Helder Barbalho, tinha afirmado na ocasião que ser a sede do evento “aumenta a responsabilidade” da agenda climática do Brasil.