Quatro de cada dez brasileiros viajarão menos de avião em 2023, segundo uma pesquisa. Os motivos são os elevados preços das passagens, o desejo de poupar e o aumento das reuniões virtuais, que desincentivam as viagens.
Mais de 41% dos brasileiros têm a intenção de reduzir a quantidade de viagens de avião em 2023 em relação com o número de viagens que fizeram em 2022, segundo uma pesquisa realizada pela Proteste, uma associação sem fins de lucro que defende os direitos dos consumidores.
A pesquisa indica que o aumento do preço das passagens, o desejo de poupar e a substituição de reuniões presenciais por virtuais são os principais motivos que desanimam as locomoções de avião.
Segundo o estudo, no Brasil 35,3 % dos passageiros têm intenções de voar de três a quatro vezes em 2023. A mesma proporção de brasileiros que responderam ao questionário deveria viajar de avião até duas vezes este ano.
Outros 16,4 % afirmaram que realizarão entre cinco e dez voos, enquanto 8,5 % não viajarão.
A pesquisa entrevistou não somente passageiros do Brasil, mas também de outros nove países, para avaliar o serviço prestado pelas companhias aéreas e pelos aeroportos. No total, 11.880 consumidores responderam ao questionário.
A associação elaborou um ranking que avalia a satisfação dos passageiros com 50 companhias destes dez países. O questionário considerou aspectos como o check-in online, a qualidade dos aperitivos oferecidos pelas companhias aéreas, o entretenimento a bordo, a pontualidade, o conforto das poltronas e o espaço para a bagagem na cabine, por exemplo.
As três companhias brasileiras mais utilizadas no país aparecem na lista: A Azul foi a melhor posicionada, seguida pela Latam e Gol. Encabeçaram a lista global Luxair, de Luxemburgo; Emirates, dos Emirados Árabes Unidos, e Qatar Airways.
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse que porá em andamento até julho deste ano o programa Voa Brasil para oferecer passagens de avião de até R$ 200 para a população de baixos ingressos. O preço das passagens, que acumulou uma série de máximos desde 2020, caiu 5,32 % em março, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).