O país avança na recuperação da demanda aérea, superando a média global em 2024 e com perspectivas de crescimento estável para o futuro.
O Brasil se posicionou este ano como o quarto maior mercado de voos domésticos do mundo, com uma participação de 1,2% do total global, segundo dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).
O país subiu uma posição no ranking mundial, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (15%), China (11%) e Índia.
Em 2024, a demanda por voos domésticos no Brasil cresceu 6,6%, superando a média global de 5,6%. Até julho, foram transportados 44 milhões de passageiros em voos nacionais, representando uma recuperação de 99% em comparação com o mesmo período de 2019, antes da pandemia de COVID-19.
De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, setembro de 2024 foi o melhor da história para a aviação comercial no Brasil, com quase 10 milhões de passageiros atendidos em voos nacionais e internacionais, um aumento de 5,7% em relação ao ano anterior. Apesar da recuperação, as companhias aéreas ainda enfrentam desafios financeiros devido às dívidas acumuladas durante a pandemia, o que limita suas perspectivas de crescimento.
Especialistas apontam que a expansão do turismo para destinos menos explorados, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, impulsionou o mercado. Além disso, a capacidade aeroportuária aumentou 6% em comparação com o período pré-pandemia, embora ainda não esteja totalmente adaptada à crescente demanda. A volatilidade do dólar e o preço do combustível continuam sendo fatores críticos para a estabilidade do setor.