Mais de 40 milhões de passageiros foram transportados na região durante o mês. O mercado doméstico brasileiro bateu recorde histórico e foi o principal impulsionador do crescimento.
O tráfego aéreo de passageiros na América Latina e no Caribe cresceu 4,3% em agosto de 2025 em comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo dados divulgados pela Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA). Ao todo, 40,7 milhões de passageiros foram transportados na região, com destaque para os mercados domésticos de Brasil, Argentina e Peru.
O mercado brasileiro foi o principal motor dessa expansão, adicionando 973 mil passageiros ao volume total — um crescimento de 9,5% em relação a agosto de 2024. O tráfego doméstico atingiu 8,7 milhões de passageiros, um recorde histórico e um aumento de 8,6%. Com esse desempenho, o Brasil consolidou o maior crescimento entre os seis maiores mercados domésticos do mundo. No internacional, o país também avançou: alta de 13,1%, impulsionada por um expressivo aumento de 38% na chegada de turistas estrangeiros.
Conectividade regional impulsiona crescimento
O crescimento do tráfego intrarregional foi responsável por 81% da expansão total observada no mês, o que reforça a importância crescente das conexões entre países latino-americanos. A capacidade medida em assentos-quilômetro disponíveis (ASK) aumentou 4,7% em relação ao ano anterior, enquanto a demanda em passageiros-quilômetro transportados (RPK) subiu 4,8%. O fator de ocupação médio ficou em 85%.
No acumulado entre janeiro e agosto de 2025, a região movimentou 320,6 milhões de passageiros, um crescimento de 3,8% em relação ao mesmo período de 2024.
Panorama nos demais países
A Argentina registrou um crescimento ainda mais acelerado, com aumento de 14,4% no total de passageiros transportados (doméstico +10,6%, internacional +19,1%), atingindo o melhor mês de agosto da sua história e superando em 6% os níveis pré-pandemia de 2019. No acumulado do ano, o país soma 21,8 milhões de passageiros (+14,7%).
Peru também teve desempenho positivo, com 2,6 milhões de passageiros (+6,5%), crescimento em ambos os segmentos: doméstico (+5,1%) e internacional (+8,6%).
Já México, Colômbia e Chile apresentaram números abaixo da média regional. O México cresceu 1,3%, Colômbia teve uma leve retração de 0,1%, e o Chile registrou seu primeiro resultado negativo do ano (–0,2%).
No Caribe, a República Dominicana cresceu 6%, Jamaica 3,6% e Cuba apresentou queda de 6,2%. Na América Central, Panamá liderou com 11,5% de crescimento, seguido por Costa Rica, El Salvador e Guatemala.
Integração regional em destaque
Para Peter Cerdá, CEO da ALTA, os números de agosto reforçam a tendência de fortalecimento da malha aérea regional. “Os dados de agosto confirmam um crescimento sólido e uma tendência clara: a conectividade entre países latino-americanos é hoje o principal motor de crescimento do tráfego aéreo. Por trás de cada ponto de crescimento há milhares de histórias: famílias que se reencontram, empresas que se expandem e comunidades que se integram”, afirmou.
Com esse cenário, o Brasil segue desempenhando papel central na recuperação e expansão do setor aéreo na América Latina, tanto em volume quanto em liderança estratégica no mercado regional.




