Cirurgias plásticas lideram demanda de estrangeiros, impulsionando setor que pode movimentar US$ 13 bilhões até 2030. São Paulo concentra 12% dos turistas e 34% das intervenções.
Com a moeda nacional desvalorizada e uma reputação consolidada na medicina estética, o Brasil tem se tornado um polo atrativo para estrangeiros em busca de procedimentos médicos. O chamado “turismo de saúde” cresce de forma constante, com taxas anuais entre 15% e 25%, e estimativas apontam que o setor deve movimentar cerca de US$ 13 bilhões até 2030.
Cirurgias plásticas são as mais procuradas por esse público, que vem especialmente atraído pelos preços competitivos e pela expertise dos profissionais brasileiros. São Paulo, com sua ampla rede hospitalar e alta concentração de especialistas, se destaca como epicentro dessa tendência.
De acordo com dados da Brain Inteligência Estratégica, 12% dos turistas que visitam a capital paulista o fazem por motivos de saúde. A cidade reúne cerca de 200 hospitais e clínicas, com 30,8 mil leitos, e concentra 34% das cirurgias plásticas realizadas no país — das quais 60% ocorrem na própria capital.
Estudos internacionais também reforçam o protagonismo brasileiro no setor. Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, o Brasil realizou mais de 2 milhões de procedimentos em 2024, liderando o ranking mundial. Desse total, cerca de 7% dos pacientes eram estrangeiros — aproximadamente 140 mil pessoas por ano.
As clínicas vêm se adaptando para atender a esse público com eficiência: desde consultas remotas prévias até apoio com hospedagem, transporte e acompanhamento pós-operatório.
Além da medicina, o turismo de saúde também movimenta o setor imobiliário. Empreendimentos como o Parque Global, na zona sul de São Paulo, apostam nesse nicho, oferecendo estruturas integradas com hospitais e serviços voltados a estadias prolongadas para pacientes e acompanhantes.
