Publicação apresenta 43 experiências afrocentradas em todas as regiões do país e busca fortalecer identidades negras e combater desigualdades.
O Ministério do Turismo lançou oficialmente o “Guia do Afroturismo no Brasil – Roteiros e Experiências da Cultura Afro-Brasileira“, durante cerimônia na sede da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), em Belém (PA). A iniciativa, realizada em parceria com a Unesco, visa reconhecer, valorizar e promover o patrimônio cultural afro-brasileiro através do turismo.
O guia é resultado de um amplo processo de escuta e levantamento de dados com afroempreendedores e comunidades tradicionais de todo o país. Ao todo, foram selecionadas 43 iniciativas afrocentradas que compõem um retrato da diversidade cultural brasileira. As experiências foram organizadas por macrorregião e tipo de atividade, abrangendo visitas a quilombos, terreiros, roteiros gastronômicos, museus e feiras culturais.
Durante o lançamento, o ministro do Turismo, Celso Sabino, destacou a importância do afroturismo como ferramenta para gerar oportunidades econômicas e celebrar a contribuição da população negra à identidade nacional. “Este guia é um marco para que mais brasileiros e visitantes estrangeiros possam conhecer essa riqueza cultural que molda a história do nosso país“, afirmou.
A ministra em exercício da Igualdade Racial, Roberta Eugênio, também esteve presente e ressaltou o papel do guia no enfrentamento ao racismo estrutural. “Gera renda, fortalece identidades e promove o protagonismo negro em todas as regiões do país. É sobre justiça, memória e oportunidades reais para o nosso povo“, disse.
A publicação se insere nas ações do Programa Rotas Negras, instituído pelo Decreto nº 12.277/2024, que tem como objetivo fomentar o afroturismo e posicionar a cultura afro-brasileira no cenário turístico nacional e internacional. As regiões Nordeste e Sudeste concentram o maior número de roteiros, com 16 cada uma, seguidas pelo Norte (5), Centro-Oeste (4) e Sul (2).
Segundo o Ministério do Turismo, o guia também busca subsidiar a formulação de políticas públicas voltadas ao setor, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente os de crescimento econômico e redução das desigualdades.