Entre janeiro e maio de 2025, o Brasil recebeu um número recorde de turistas estrangeiros. Argentinos lideram esse movimento, quase dobrando sua presença no país.
O Brasil vive um momento de forte expansão no setor de turismo internacional. Entre janeiro e maio de 2025, o país recebeu 4.887.229 turistas estrangeiros, um crescimento de 49,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O destaque vai para os argentinos, cuja presença nos destinos brasileiros saltou 96,8%, alcançando 2,2 milhões de visitantes, consolidando a Argentina como principal mercado emissor de turistas para o Brasil.
Os dados, divulgados pela Embratur em parceria com a Polícia Federal e o Ministério do Turismo, revelam que somente em maio, 461.341 estrangeiros ingressaram no país — 37,4% a mais do que em maio de 2024.
Além da Argentina, outros países também contribuíram para o crescimento do turismo no Brasil. O Chile enviou 387.611 visitantes, um aumento de 31,6%, seguido pelos Estados Unidos (352.971, +18,4%) e Paraguai (285.122, +17,1%).
Segundo o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, a expectativa é de que o país encerre 2025 com um crescimento de 50% no número de turistas internacionais, índice muito superior à previsão global da ONU Turismo, que varia entre 3% e 5%. “Nunca o Brasil recebeu tantos turistas estrangeiros, e eles agora estão descobrindo novos destinos, favorecendo a regionalização do desenvolvimento e a geração de empregos”, afirmou Freixo.
Paralelamente ao aumento no número de visitantes, o setor turístico também vem atraindo mais investimentos. Entre janeiro e março de 2025, as entradas de capital estrangeiro direto no turismo somaram US\$ 81 milhões — alta de 88% em comparação ao mesmo período do ano passado. Os principais aportes se concentraram no transporte (US\$ 63 milhões) e no setor de cultura e lazer (US\$ 13 milhões).
Para o ministro do Turismo, Celso Sabino, os resultados refletem um trabalho integrado que envolve promoção internacional, segurança jurídica e melhorias na infraestrutura. “Investir em turismo é apostar em uma indústria limpa, que gera emprego, renda e desenvolvimento regional”, declarou.