Crescimento do turismo impulsiona setor hoteleiro e reforça estratégias de promoção do destino
Balneário Camboriú encerrou fevereiro de 2025 com um índice histórico de ocupação hoteleira, atingindo uma média de 89,61%. Este é o maior percentual registrado nos últimos cinco anos e confirma a tendência de crescimento do turismo na cidade catarinense.
Os dados revelam uma trajetória de recuperação e crescimento nos últimos anos. Em 2020, a taxa de ocupação foi de 71,22%, caindo para 51,54% em 2021 devido aos impactos da pandemia. Nos anos seguintes, os números voltaram a subir: 66,45% em 2022, 80,60% em 2023 e 77,47% em 2024.
“Este crescimento é resultado de um trabalho contínuo para promover e consolidar Balneário Camboriú como um destino turístico de referência no Brasil. Grandes destinos turísticos investem constantemente em divulgação, e seguimos essa estratégia para manter nossa competitividade”, afirma Andrezza Negrini, presidente do BC Convention.
Vários fatores contribuíram para o aumento significativo da ocupação hoteleira. Entre os principais está o crescente interesse dos brasileiros por viagens no período pós-pandemia. “As pessoas passaram a valorizar mais o turismo e as experiências de viagem, impactando diretamente o fluxo de visitantes”, explica Andrezza.
Outro fator determinante foi a expansão do calendário de eventos na cidade, impulsionada pela consolidação do Expocentro BC Júlio Tedesco. “Eventos garantem um fluxo de turistas mais equilibrado ao longo do ano, reduzindo a dependência da alta temporada”, acrescenta a presidente do BC Convention.
A retomada do turismo sul-americano, especialmente a chegada de turistas argentinos, também teve impacto positivo. A recente valorização do real frente ao peso argentino trouxe de volta um fluxo expressivo de visitantes do país vizinho, retomando padrões observados até 2017. No entanto, Andrezza alerta para a volatilidade desse fator. “Esse fluxo pode mudar a qualquer momento. O essencial é manter um trabalho contínuo de promoção do destino, porque se você não é visto, não é lembrado”, conclui.
