“Buscamos consolidar e expandir nossos produtos regionais em mercados maduros”

Na FITUR 2025, conversamos com Alejandro de la Osa, CEO da Europamundo Vacaciones, sobre a transformação digital da empresa, a evolução dos mercados latino-americanos, a personalização dos circuitos e os desafios e oportunidades para 2025.

A Europamundo está em constante transformação tecnológica. Como vocês aproveitam a digitalização para melhorar a experiência do cliente e otimizar suas operações?

Sempre defendi uma ideia contrária à que muitos têm. A maioria associa digitalização diretamente à venda, ao alcance do cliente final. Mas, no nosso caso, fizemos o oposto.

Começamos a digitalização pelos processos internos e, depois, aplicamos à experiência do viajante. Acredito que a digitalização deve ser sinônimo de eficiência e otimização. É uma ferramenta essencial para melhorar os processos e, ao mesmo tempo, nos permite revisar custos, aumentar a rentabilidade e tornar nossos produtos mais acessíveis.

De que maneira a digitalização contribui para a sustentabilidade e o planejamento dos circuitos da Europamundo?

Totalmente. A digitalização é fundamental para o planejamento e a otimização de nossos recursos. Como operador turístico de grande volume, um dos maiores desafios que enfrentamos é a previsão de vendas.

Há alguns anos, desenvolvemos uma ferramenta preditiva baseada em um algoritmo que analisa nosso histórico de vendas por temporada e circuito. Com essa tecnologia, conseguimos projetar com precisão a quantidade de passageiros que teremos nos próximos 90 dias e ajustar nossas contratações. Essa ferramenta já está normalizada em nossa operação e melhorou significativamente nossa capacidade de resposta.

Falando sobre mercados, como foi o fechamento de 2024 na América Latina? Quais países lideraram as vendas?

O mercado número um foi o México, seguido pela Argentina, que teve um começo de ano difícil, mas um último quadrimestre muito forte. Houve incerteza devido à mudança de governo e às expectativas econômicas, mas, analisando os últimos meses do ano, a Argentina teve o maior crescimento de toda a América Latina.

Depois do México e da Argentina, vêm Brasil, Estados Unidos e Espanha. E na sexta posição há uma disputa constante entre Colômbia, Peru, Chile e Uruguai.

Os circuitos precisam ser adaptados de acordo com o mercado e o perfil do viajante?

Sim, totalmente. Quanto mais próximo o destino, mais específico é o que o viajante busca. Por exemplo, um argentino que viaja na Argentina raramente combina Patagônia e Iguaçu na mesma viagem, mas um turista europeu faz isso com frequência.

Por outro lado, quando um argentino viaja para o Japão, busca praticamente a mesma experiência que um espanhol ou um italiano. É interessante observar como a percepção da viagem muda dependendo da distância e do destino.

A Europamundo trabalha com os mesmos parceiros estratégicos há muitos anos. Quais são os diferenciais que garantem essas relações de longo prazo?

Duas coisas fundamentais: lealdade e senso de pertencimento. Se você consegue gerar isso em uma equipe, ela se torna indestrutível. Nossos parceiros são bem selecionados, trabalham eficientemente e compreenderam nossa visão. Não se trata apenas de eficiência, mas de construir relações de confiança a longo prazo.

Quais são os principais desafios e oportunidades para a Europamundo em 2025?

Nossa prioridade é consolidar e expandir nossos produtos regionais em mercados maduros. Estamos focados em novos circuitos pelo sul da Inglaterra, Polônia, Alemanha e Japão. Além disso, estamos investindo em mercados com maior potencial de crescimento rápido, como a Espanha. Crescer de forma orgânica e reforçar nossa presença nesses destinos será essencial.

Como um novo circuito é desenvolvido na Europamundo e como ele é posicionado no mercado?

Criar um novo circuito não é questão de sorte. Nossa equipe de produto realiza um trabalho intenso de pesquisa. Se você não pesquisa, acaba apenas copiando o que os outros fazem e perde qualquer vantagem competitiva.

Sempre digo que desenhar um circuito é como criar uma receita: os ingredientes precisam estar na medida certa. Um bom itinerário inclui experiências ligadas à natureza, cultura e tradições, grandes cidades e pequenos vilarejos que ofereçam contraste.

Além disso, não lançamos circuitos isolados. Os novos produtos são integrados à nossa oferta existente, o que nos permite ampliar o portfólio sem duplicar esforços. Por exemplo, com a incorporação do sul da Inglaterra, passamos de 8 para 16 circuitos no Reino Unido. Assim, transformamos uma novidade em um verdadeiro diferencial.

Para finalizar, que mensagem você deixaria para os agentes de viagens que trabalham com a Europamundo?

Que continuamos apostando neles. A indústria do turismo está em constante evolução, e queremos que cresçam. A Europamundo sempre foi uma empresa de valores sólidos, com um forte compromisso com a inovação e a sustentabilidade. O ano de 2025 será crucial para nossa consolidação e para continuarmos oferecendo experiências inesquecíveis. Nos vemos nos circuitos!

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