Setor projeta maior número de contratações temporárias desde 2015, impulsionado por aumento no fluxo de turistas e receita superior ao período pré-pandemia.
O turismo brasileiro deve movimentar R$ 157,74 bilhões durante a próxima alta temporada, que vai de novembro de 2024 a fevereiro de 2025, de acordo com estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Caso a previsão se confirme, o setor registrará um crescimento de 1,7% em relação ao período homólogo.
Crescimento do turismo internacional
Dados do Ministério do Turismo e da Embratur apontam que 5,9 milhões de turistas estrangeiros visitaram o Brasil entre janeiro e setembro de 2024, com um gasto total de US$ 3,7 bilhões no país. Isso representa um aumento de 14,8% em relação ao mesmo período de 2023.
Segundo José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, o crescimento reflete os avanços econômicos recentes: “A alta temporada beneficia múltiplos setores, gera empregos e impulsiona o consumo, elementos essenciais para o equilíbrio macroeconômico do país”, avaliou Tadros.
Mais contratações temporárias
Com o aumento da receita, o setor projeta a criação de 76,5 mil vagas temporárias, o maior número desde 2015, quando foram registrados 85,2 mil postos. Atualmente, o turismo emprega 3,51 milhões de trabalhadores formais, um crescimento de 7,9% em comparação ao período pré-pandemia.
As contratações estarão concentradas principalmente nos segmentos de alimentação, transportes e hospedagem. Fabio Bentes, economista da CNC, destaca que a recuperação do setor também reflete em melhores condições salariais: “O turismo está consolidando um crescimento sólido, com impactos positivos no mercado de trabalho e na renda dos profissionais envolvidos”, afirmou.
Segundo a CNC, os sinais de recuperação são claros. Dados do IBGE indicam que o faturamento real do setor de turismo já supera em 6,9% os níveis registrados antes da pandemia. Essa trajetória de crescimento contínuo reforça o papel do turismo como motor econômico essencial para o Brasil.