A campanha, que promoverá os destinos nacionais na América do Sul, é destinada aos mercados turísticos da Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Paraguai.
“Visite o Brasil. É indescritível” será divulgada em sites e redes sociais entre 28 de setembro e 28 de novembro e apresentará praias cristalinas e paradisíacas, gastronomia, natureza, sustentabilidade e diversidade cultural em um país ideal para passar as férias e feriados prolongados.
A campanha também promoverá resorts e experiências de luxo, com a intenção de ampliar o tíquete médio e o tempo de permanência no país.
Por ocasião da visita do presidente da Embratur, Marcelo Freixo, a Buenos Aires, a Rèport News conversou com ele sobre a campanha e os objetivos turísticos do Brasil.
Tudo pronto para a presença do Brasil na FIT?
Sim, estamos muito felizes com mais uma participação na FIT, especialmente porque o Brasil é o país homenageado este ano. A Argentina é o país que mais envia turistas ao Brasil, com 30% dos visitantes internacionais vindos de lá. Então, nossa presença na FIT é muito significativa, com um estande forte e 34 co-expositores. Isso reafirma a importância do turismo entre Brasil e Argentina, que vai além dos governos e é uma relação sólida.
Há espaço para diversificar os destinos turísticos no Brasil, além das praias?
Claro, ainda há espaço para aumentar o número de argentinos visitando o Brasil. Temos uma grande oferta de voos, com 820 mil assentos disponíveis nos primeiros três meses de 2024, o maior número da história. E, mesmo nas praias, há muita diversidade. Florianópolis é muito diferente de Maceió, Búzios é diferente de Salvador. Temos praias para surf, kitesurf, mergulho, entre outras. Além disso, estamos promovendo a diversidade cultural, gastronômica e natural que o Brasil oferece, próxima de qualquer destino de praia. Isso mantém o interesse dos argentinos e faz com que possam ficar mais tempo no Brasil.
Qual é a média de permanência dos argentinos no Brasil e qual seria o ideal?
Atualmente, a média é de 10 dias, o que é bom e comparável à estadia de chilenos, por exemplo. Norte-americanos e europeus ficam mais tempo, cerca de 20 a 25 dias, devido à maior distância e ao fato de visitarem mais destinos em uma só viagem.
Como o retorno do presidente Lula impactou a promoção internacional do Brasil?
O presidente Lula deu grande importância à política internacional e ao reposicionamento do Brasil no mundo. Ele diz que “o Brasil voltou”, o que se reflete na retomada de relações com países como a França, que agora é o país europeu que mais envia turistas ao Brasil. Tivemos grande visibilidade, como na Olimpíada de Paris, onde a Casa Brasil recebeu 4 mil visitantes por dia. Além disso, o presidente Lula nos deu a missão de promover a Amazônia como destino turístico. Acreditamos que as pessoas cuidam do que conhecem, então é crucial que o mundo conheça a Amazônia para protegê-la.
A COP30 trará maior conectividade para a região amazônica?
Sim, estamos trabalhando para melhorar a conectividade com a Amazônia. Os aeroportos brasileiros melhoraram muito e temos novas rotas em negociação. Com a COP30 acontecendo em novembro de 2025, acreditamos que um dos legados será a maior facilidade de acesso à Amazônia, favorecendo o turismo sustentável e a preservação da região.
O Brasil lançou recentemente o Plano Nacional de Turismo 2024-2027. Quais são os objetivos principais?
O plano tem como meta tornar o Brasil o principal destino da América do Sul. Estamos focados em uma promoção baseada em inteligência de dados, para cada mercado específico. Nossa diversidade natural, com seis biomas e 20% da biodiversidade do planeta, é um dos pilares dessa promoção. O ecoturismo é uma aposta forte, além do sol e praia, que já está consolidado. Queremos que o Brasil se destaque também como destino de turismo sustentável.