Ambas as linhas aéreas começaram a implementar o acordo em 40 rotas nacionais, e reforçam assim seu acordo de cooperação comercial. Não obstante, agora estão na mira da defesa da concorrência.
As companhias aéreas Azul e Gol começaram a implementar o acordo de codeshare anunciado em maio passado, que em um primeiro momento abrange cinco rotas que conectam cidades do interior do Brasil para as quais a Azul voa com aeroportos onde está presente a Gol.
Ambas as companhias aéreas desenvolvem assim as suas redes e, juntas, somam cerca de 1.500 descolagens diárias. Mediante o acordo de codeshare serão criadas mais de 2.700 oportunidades de viajar dentro do Brasil com uma única conexão.
Os passageiros poderão buscar rotas domésticas exclusivas de uma ou outra companhia aérea e comprar através dos canais de venda de ambas. Por outro lado, as rotas operadas por ambas as empresas não estão inclusas no codeshare.
A aliança também inclui que os pontos ou as milhas dos voos codeshare compartilhados comprados nos canais digitais da outra companhia – por exemplo, um voo da Gol comprado no site da Azul – poderão ser acumulados na Azul Fidelidade ou na Smiles.
O acordo da Gol e da Azul, porém, está no foco de um processo de investigação da Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), o organismo que regula a livre concorrência.
Após examinar o caso, o CADE poderá decidir se o arquiva, se deve abrir um processo administrativo ou em última instância se deve impor uma multa em caso de eventuais choques da aliança das linhas aéreas com a Lei de Defesa da Concorrência.