A companhia norte-americana reconheceu que é um erro privilegiar os canais diretos e anunciou que suprimirá as vantagens que os beneficiava.
A notícia era esperada por todos e finalmente a American Airlines anunciou na quarta-feira passada que dá a ré com suas pretensões de entregar maiores benefícios aos clientes que iam comprar suas passagens de maneira direta. Esta estratégia correspondia a “uma mudança na estratégia de distribuição a partir de 2023. Dando prioridade à apresentação da norma NDC”.
Agora, a American Airlines está dando um giro de 180° para refundar sua estratégia comercial. Enquanto isso, suas concorrentes Delta Air Lines e United Airlines aproveitaram a moléstia de todos com a empresa e ganharam cotas de mercado. Robert Isom, conselheiro representante da AA, reconheceu incluso em uma entrevista publicada no Wall Street Journal, que a política implementada “afugentou lucrativos clientes corporativos e reduziu os ingressos”.
No ano passado, a linha aérea “reduziu sua equipe de vendas e eliminou certas tarifas dos canais que costumam utilizar as grandes linhas aéreas (GDS e TMC), com o objetivo de animar mais turistas a reservarem diretamente na web ou na app da American”, cita a mesma fonte.
Por sua vez, Zane Kerby, presidente e CEO de ASTA (American Society of Travel Advisors), mostrou-se agradecido pelo anúncio realizado pela American e por este ajuste no rumo da implementação da NDC e por descartar o programa de agências preferenciais. Disse na semana passada em um comunicado do organismo que preside: “Estou agradecido pelo renovado reconhecimento da American Airlines do papel essencial que desempenham os assessores de viagens na facilitação das viagens aéreas para nossos clientes em comum. Quero estender meu agradecimento ao conselheiro representante da American Airlines, Robert Isom, por reconhecer que seu enfoque anterior era errôneo. Reverter a decisão de reter os pontos e milhas AAdvantage pelas reservas das agências é uma prova da firme posição que ocupam as agências de viagens no canal de distribuição das linhas aéreas.”
