Marcelo Costa, Gerente Comercial Regional para o Cone Sul da Gol, comentou ao Rèport o funcionamento dos voos da companhia e os planos a partir de julho.
Na WTM de São Paulo, o clima é de negócios e intercâmbio B2B a todo nível. Para as linhas aéreas da região, é um bom momento para tomar o pulso do que está chegando e contar como estão funcionando os novos voos, revelando também alguns planos para o futuro imediato. Conversamos com Marcelo Costa, Gerente Comercial Regional para o Cone Sul da Gol, sobre o que está chegando.
Como está funcionando o voo da Gol entre São Paulo e Bogotá?
O voo São Paulo-Bogotá está com 87 % de ocupação, mais que os 80% de Buenos Aires-Bogotá, que foi lançado ao mesmo tempo, porque esse voo se vende muito do Brasil e não há tanta concorrência. Por outro lado, o de Buenos Aires se vende 50 % da Argentina e 50 % da Colômbia.
Ter tido um bom resultado os leva a pensar em outras rotas também “fora da caixa” como esta?
Há etapas: a segunda etapa é passar de um voo de três vezes por semana a voo diário, de modo que em 1° de julho passamos à frequência diária dos dois lados, tanto do Brasil como da Argentina. Sempre estamos analisando para ver se podemos ter outros países com quinta liberdade; com a Colômbia foi relativamente fácil porque temos a Avianca como partner, é complemento, então era muito mais fácil lidar com as relações entre o governo da Argentina, Brasil e Colômbia. Com outros países há que fazer o mesmo, porém há que ver também que relações bilaterais têm a Argentina e o Brasil com esse terceiro país que há que buscar para poder fazer quinta liberdade. Independentemente disso, estamos vendo outras rotas possíveis, sem passar pelo Brasil para que sejam diretos.
Agora bem, a novidade, fora do aumento de frequência, é que apesar de estar em temporada baixa a ocupação dos voos tem muito boa performance.
Isso motiva um novo lançamento…
No final de maio, princípios de junho, estamos lançando três vezes por semana Buenos Aires – Belo Horizonte, um voo que promete muitíssimos porque é um tráfico corporativo, de incentivo e gastronômico: e não somente para os argentinos, mas também para o brasileiro que vem para a Argentina. Esse voo vai ser claramente para alimentar Buenos Aires.
Vão voltar mais voos para o interior?
Nós tínhamos Rosário- São Paulo, Rosário-Rio, e ficamos com Rosário Rio por uma questão de mercado. Em temporada baixa o mercado diminui e em setembro começamos a ver o que fazemos com os mercados de temporada alta; com certeza aí volte o voo.
Acontece o mesmo com Córdoba. Córdoba tinha São Paulo e Rio; ficamos com o Rio. Porém, há algo mais: ao operar Rosário-Rio e Córdoba-Rio os assentos de voos conectam perfeitamente com os assentos de voos da tarde e da noite com o Nordeste, muito melhor que São Paulo. Além disso, o “rosarino” e o “cordobés” preferem fazer praia no Rio e depois fazer o Nordeste, enquanto o corporativo morria em São Paulo e não alimentava o Nordeste. Desta maneira alimentamos o Nordeste.
Em Mendoza continuamos igual, com quatro frequências de Mendoza a São Paulo, mas esse voo também se alimenta entre 70 e 80% de brasileiros que vêm a Mendoza por vinho e gastronomia.