Com um volume de 11 bilhões de reais, as viagens corporativas experimentaram um aumento de 3 % no nono mês do ano. A tendência continua subindo no segmento.
Segundo os dados revelados pela Pesquisa de Viagens Corporativas (LVC), realizada por FecomercioSP em colaboração com a Alagev, as viagens corporativas no Brasil experimentaram um crescimento de 3% em setembro, alcançando um gasto estimado de 10,87 bilhões de reais. Este aumento anual de 3,3 % representa um aumento de 344 milhões de reais em ingressos para o setor.
Em 2023, até o momento, o segmento administrou um total de 86,46 bilhões de reais, mostrando um aumento de 13,2 % com respeito ao ano anterior, onde os resultados ascenderam a 76,42 bilhões de reais, equivalente a um aumento de 10,06 bilhões de reais.
Apesar deste crescimento, em comparação com o melhor setembro registrado na série histórica em 2014, o nível atual é 4,4 % inferior, já que naquele momento se alcançaram 11,37 milhões de reais.
O estudo destaca que a elevada demanda do setor empresarial, impulsionada por eventos, feiras e encontros presenciais, mantém uma correlação positiva com o faturamento do setor e com o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB).
As discussões atuais sobre a Reforma Tributária também contribuíram para este resultado, já que as visitas semanais de todos os setores aos parlamentários aumentaram, gerando uma maior demanda de voos e hotéis na capital federal.
O custo dos serviços turísticos, especialmente os relacionados com o transporte aéreo, teve um aumento significativo.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em setembro, os custos relacionados com o transporte aéreo aumentaram 13,47 %, e em outubro, este aumento foi ainda maior, chegando a 23,70 %. Estes aumentos afetam principalmente as passagens compradas no último momento, como é comum no setor empresarial, contribuindo com o aumento das vendas.
A diretora executiva da Alagev, Luana Nogueira, destacou que “nos últimos meses, observamos um crescimento muito positivo em nosso mercado. E os estudos indicam uma intensa demanda de viagens corporativas até o final do ano. Porém, o aumento dos custos, especialmente no transporte aéreo, levou a um desafio. Como o setor costuma fazer reservas de última hora, sente o impacto destas variações”.
O relatório conclui que, embora a demanda continue sendo elevada e se espera que assim continue até o final do ano, para manter estes níveis, é crucial que os preços médios das viagens voltem a níveis mais moderados no próximo ano.
Em caso de pressões significativas sobre os custos, é provável que as empresas implementem restrições em viagens, feiras, eventos, visitas a clientes e prospecção de negócios, entre outras atividades.
Além disso, o estudo ressalta a importância de que o aumento do volume de negócios esteja acompanhado por um aumento da produtividade, sublinhando a necessidade de reduzir os preços para permitir as empresas aumentarem seu gasto e frequência em viagens corporativas.
