As conexões com a África são reforçadas graças aos voos charters que se conectarão com o Egito, enquanto que a Cabo Verde retoma o projeto de voar a destinos brasileiros.
O tráfico turístico para o Egito poderá contar a partir de setembro com voos charters quinzenais da Egypt Air, que em função da repercussão que tomou poderiam tornar-se mais para frente em voos regulares.
Os charters estarão sob a responsabilidade do operador espanhol Master Flights e se espera que os voos sejam convenientes também por suas conexões com países como Líbano, Jordânia e Arábia Saudita.
“Nossa filosofia é clara: comercializar bilhetes e atuar na área de pós-venda para os passageiros. Foi esta equipe que negociou com a EgyptAir, a maior linha aérea do Oriente Médio, a conexão entre o Cairo e o mercado brasileiro. E aproveito para agradecer às autoridades brasileiras, como a Anac e o aeroporto GRU, sua colaboração, bem como a todos os operadores que confiaram em nosso projeto desde o princípio”, disse na ocasião do lançamento dos voos Alfonso Martínez, CEO da Master Flights.
Por enquanto, a Egypt Air publicou quatro voos sem escalas Cairo- São Paulo (GRU), nos dias 2, 16 e 30 de setembro, e 14 de outubro.
Para o trecho São Paulo (GRU)- Cairo, as saídas previstas são nos dias 4 e 18 de setembro, e 2 e 16 de outubro.
Os voos sairão do Cairo às 23:55hs e chegarão a São Paulo às 7:20 do dia seguinte, enquanto o retorno de São Paulo partirá às 4:00 e chegará ao Cairo às 22:35hs.
A Egypt Air operará os voos com os Boeing 787-9 com capacidade para 309 poltronas (30 em Business Class e 279 em Economy Class). A companhia tinha previsto há tempo um plano de expansão que foi interrompido pelas mudanças da “primavera árabe”, mas, agora pretende novamente desenvolver um hub no Cairo, aproveitando sua conveniente situação geográfica.
Atualmente outras linhas aéreas africanas operam voos ao Brasil: Ethiopian Airlines e TAAG Angola Airlines, enquanto se anunciou para outubro o regresso da South African Airways.
Neste panorama se inscreve também o renascimento da Cabo Verde Airlines, que antes da pandemia operava voos a Porto Alegre e ao nordeste do Brasil (Fortaleza e Recife). A linha aérea recebeu um Boeing 737-8 que, segundo a CEO Sandra Pires, “permite satisfazer a crescente demanda de viagens ao nosso país arquipélago, situado na encruzilhada de quatro continentes”.
“A família 737 MAX é perfeitamente adequada para que a Cabo Verde Airlines sirva os mercados proeminentes na África, Europa, e Norte e Sul da América, proporcionando-lhe uma maior capacidade e flexibilidade em toda sua rede”, fez-se eco Anbessie Yitbarek, vice-presidente de Vendas para a África da Boeing.
Um eventual regresso da Cabo Verde Airlines ao Brasil ainda não tem dada, porém, fontes da indústria estimam que poderia ser este mesmo ano.
