A construção tinha ficado abandonada nos anos 70, no entanto, sua reconhecível silhueta agora terá nova vida. Espera-se que o projeto, que incluirá andares de longa estadia e um hotel, esteja terminado em 2026.
O “Hotel Esqueleto” do Rio de Janeiro, que costuma circular nas redes sociais como um lugar misterioso e foi abandonado nos anos 70, terá uma segunda oportunidade: agora sob os cuidados da Gávea Residence e Corporações, o edifício se transformará em um complexo de residências e hotel.
A grandiosa construção nasceu nos anos 50 e tem 16 andares que aparecem rodeados de verde no meio da Floresta da Tijuca. Entretanto, quando a empresa construtora faliu, só ficou seu esqueleto no meio da selva.
Desenhado pelo arquiteto Décio da Silva Pacheco, o Gávea Touris Hotel tinha sido desenhado como um estabelecimento de luxo cujo projeto original incluía a construção de um bondinho. Com um desenho modernista, o apartamento padrão teria um bar, uma pequena cozinha, uma antessala e uma sacada.
Nunca chegou a ser um hotel, mas, em 1965 foi cenário de uma grande festa de Réveillon, e tempos depois também funcionou ali a discoteca Sky Terrace.
“Quando assumimos, tivemos alguns sustos com esta urbanização que estava abandonada. Encontramos gente morando aqui, algumas carcaças de carros. Tudo isto foi resolvido e o terreno limpo”, disse Marcos Cumagai, conselheiro da nova administradora, que assumiu o edifício em 2011.
O objetivo agora é transformá-lo em um hotel boutique de 81 apartamentos e uns 150 apartamentos para estadias longas, com o nome de Gávea Boutique Hotel e Gávea Extanded Stay.
A data no horizonte é 2026: para esse momento, os 440 apartamentos já construídos se transformarão em uns 200 no novo empreendimento.
“O segredo do Gávea é esta maravilhosa vista, esta atmosfera única de contemplação. Posso dizer que poucos lugares no mundo têm todos esses atributos. Aqui está a alma carioca. O que falta é que recuperemos esta estrutura e a ponhamos efetivamente em funcionamento”, disse Cumagai.
A empresa já obteve o ditame favorável do Iphan (Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico), que assinala “a inexistência de atividades potencialmente prejudiciais para o meio-ambiente”.
Agora continuará a recuperação e revitalização de toda a estrutura; o desenho arquitetônico e de interiores, a montagem dos andares modelo e apresentações ao mercado especializado para validar o conceito dos produtiva – hotel + residencial.