O etnoturismo experimentará um crescimento notável na próxima década e as comunidades indígenas locais têm uma oportunidade de se vincularem com o mundo mantendo suas tradições.
O etnoturismo, uma modalidade de viagem que prefere o intercâmbio cultural e a proteção dos ecossistemas em lugar dos destinos massivos tradicionais, está ganhando força em todo o mundo, e o Brasil pode ter uma grande oportunidade de aproveitá-lo.
Um estudo da consultora Future Market Insights, citado pela Veja, confirma o fenômeno. Segundo o mesmo, o mercado do turismo sustentável – dentro do qual se emoldura o etnoturismo- abrange 2 % da indústria das viagens, mas, dentro de uma década será mais que o dobro e compreenderá 5 % do total das viagens.
Países como Peru, Panamá e Colômbia têm oferta de turismo étnico, enquanto no Brasil também começa a se popularizar. De fato, a Fundação Nacional do Índio (Funai) está oferecendo cursos de treinamento para quem quiser aproveitar a oportunidade de proporcionar serviços turísticos. Um dos casos bem-sucedido é o da comunidade Nova Esperança (Manaus), que já vive praticamente em sua totalidade do turismo, com pacotes oferecidos pela ONG ou agências especializadas.
Para o setor, não obstante, representa um desafio permitir o acesso às comunidades e aos seus costumes, sem desvirtuá-los nem construir estereótipos. Além disso, é necessário reduzir o impacto e contribuir com o trabalho de conservação das comunidades indígenas.