Em comparação com outros mercados, a quantidade de voos per capita é baixa, porém, a população e o tamanho do país permitem confiar em um crescimento futuro, principalmente pela procura de viagens para a natureza na era pós-pandemia.
O Brasil tem um baixo número de viagens por pessoa em comparação com outros países, no entanto, mostra um grande potencial de crescimento devido à dimensão territorial e à população do país. Os dados surgem de uma pesquisa realizada pela Associação Latino-americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) sobre o panorama da aviação brasileira.
Em 2019, o Brasil registrou 0,5 viagens per capita, uma cifra que os investigadores consideram baixa ao compará-la com a quantidade de viagens por pessoa nos Estados Unidos (2,6), Espanha (4,5) e Chile (1,2).
Além disso, somente ao redor de 130 dos mais de 5.500 municípios brasileiros estão cobertos por rotas de aviação comercial, em um país onde a aviação representa 18% dos meios de transporte.
O setor emprega 140000 trabalhadores, dos quais 72% são homens e 28% mulheres, 90% têm entre 25 e 64 anos e 50% têm ensino médio completos.
Após a pandemia de Covid-19, os passageiros começaram a escolher lugares em contacto com a natureza e ao ar livre, evitando as aglomerações. Por esse motivo, espera-se um crescimento do turismo no país e para isso – destaca a pesquisa- “as linhas aéreas são fundamentais. Por enquanto, o movimento não mostra resultados significativos, mas, é questão de tempo”.
As linhas aéreas entrevistadas também informaram os custos de operar no Brasil, onde 51% dos gastos são em dólares e o resto em reais. Além disso, o preço do combustível para aviões é entre 30% e 40% mais alto que em outros países, como os Estados Unidos.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), 53 milhões de passageiros em voos domésticos e 1,4 milhões de voos internacionais passaram pelos aeroportos brasileiros de janeiro a agosto de 2022.