Os viajantes estrangeiros deixaram no país quantidades recordes de dinheiro, segundo um relatório do Banco Central (BCB) que revela também quais são os principais emissores e quanto investem em suas viagens.
A Argentina, historicamente a maior fonte de turistas para o Brasil, por primeira vez desde 2019 superou a marca de mil voos no mesmo mês, com 1.049 pousos no país, enquanto Portugal ficou em segundo lugar com 642 voos.
Os dados surgem de um relatório do Banco Central (BCB) que mostra também um gasto turístico geral superior a USD 4000 milhões nos primeiros dez meses de 2022, a melhor conquista dos últimos três anos.
Em 2020, os turistas estrangeiros gastaram USD 2900 milhões no Brasil, enquanto que em 2021 a cifra alcançou os USD 3000 milhões. Só em outubro de 2022, os gastos ascenderam a USD 413 milhões.
Por sua vez, a Embratur, a agência estatal de turismo do Brasil, indicou que outubro foi o quinto mês consecutivo no qual o gasto estrangeiro no Brasil superou os USD 400 milhões, uma quantia que em todo 2021 não se alcançou em nenhum mês.
A modo de comparação: em 2019, o último ano antes da pandemia, o gasto dos turistas estrangeiros no Brasil foi de 5.900 milhões de dólares. Os maiores ingressos foram alcançados em 2014, quando se celebrou a Copa do Mundo de Futebol, com 6.840 milhões de dólares.
Para a próxima temporada de verão, entre dezembro de 2022 e março de 2023, espera-se a chegada de uns 800.000 turistas estrangeiros. Além disso, em outubro passado as viagens aéreas internacionais para e do país alcançaram os níveis prévios à pandemia.
As rotas aéreas internacionais do Brasil em outubro representaram 98,3 % das disponíveis em outubro de 2019, com um total de 4.690 voos, o nível mais alto desde que fechou as fronteiras e outras restrições do Covid-19. De acordo com a Embratur, o novo número de aterrizagens internacionais no Brasil no mês passado representou um aumento de 10,42% com respeito a setembro e uma melhora de 17,93 % com respeito a outubro de 2021.
Além disso, entre janeiro e outubro deste ano, o Brasil inaugurou 87 novas rotas internacionais e foram adicionadas outras 111 frequências a rotas já existentes. Até julho de 2023, espera-se que se adicionem 78 novos voos e 82 frequências adicionais à programação aérea internacional.
