De acordo com uma análise do FecomercioSP, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os ingressos do turismo interno do país sul-americano cresceram 32,1% em julho deste ano com respeito ao mesmo período de 2021. Desta maneira, só estiveram 2% abaixo das cifras pré-pandêmicas.
O estudo também revelou que, entre os segmentos que mais contribuíram com o crescimento de ingressos foi o de transporte aéreo, com 86,8% na comparação anual. Depois, vieram os serviços de hospedagem e alimentação (22%); atividades culturais, recreativas e esportivas (18,8%); transporte fluvial (12,6%) e terrestre (14,2%); e de aluguel de veículos, agências de viagens e operadores (2,4%).
Quanto à aviação, o alto preço das passagens aéreas contribuiu para o aumento dos ingressos, alcançando 6,2 bilhões de reais. Do mesmo modo, o crescimento se viu impactado devido à troca de reservas e compra antecipada das passagens. Por sua vez, os ingressos por hospedagem se viram beneficiados devido ao auge do setor, onde se alcançou um faturamento de 5,2 bilhões de reais.
“A maior concorrência no transporte terrestre limita um crescimento mais acentuado nos preços dos bilhetes, e a menor variação com relação ao transporte aéreo não significa que o setor esteja experimentando um esfriamento (ao contrário, fortaleceu-se como alternativa ao transporte aéreo)”, avaliou o estudo.
De acordo com o Conselho de Turismo da Federação, o setor foi um dos primeiros a ver-se afetado pelas restrições impostas pela pandemia e, só agora, alcançou resultados equivalentes aos períodos anteriores a 2020. O efeito da inflação nos preços e o poder aquisitivo das famílias tiveram um papel chave na reativação.