Joe Docal, Director of Travel Industry Sales USA, Canada & Latin America do Greater Miami Convention & Visitors Bureau, conversou com o Rèport Américas sobre o crescimento da indústria dos cruzeiros na cidade.
Do mesmo modo, o diretor fez um balanço do comportamento do mercado latino e falou de novas atrações e eventos que chegaram ao destino.
O que ocorreu em Miami durante o momento crítico da pandemia?
-Como destino tivemos um crescimento impressionante. Terminamos 2021 com a inauguração de 20 hotéis de diferentes marcas. A maioria é construção nova, o que significa que as pessoas que estão chegando ali estão hospedando-se em um hotel relativamente novo. Do mesmo modo, contamos com novas atrações e restaurantes.
Quais são as novas atrações?
-Uma delas é o Superblue Miami, um museu interativo e imersivo, onde as obras de arte não vão estar penduradas na parede, mas, que estas são projetadas no teto, nas paredes ou no chão. Na frente deste lugar está localizado o Rubell Museum, que é um pouco mais tradicional, onde vamos encontrar obras de arte da coleção privada da família Museum e de novos artistas. Do mesmo modo, temos a nova roda de observação Sky Views Miami, instalada sobre o famoso Bayside, onde há vistas espetaculares do centro da cidade, da área metropolitana e da baía de Biscayne.
Aumentaram a oferta de cruzeiros?
-Tivemos um crescimento no Porto de Miami. Em fevereiro de 2022 tivemos a inauguração do terminal de passageiros da Virgin Voyages, a nova empresa de navios de Richard Branson. Sua abertura estava programada para março de 2020, mas, foi bem quando fechou tudo, portanto não puderam festejar o começo das operações como estava previsto.
Da mesma maneira, durante a pandemia, a Norwegian Cruise Line terminou a construção de seu terminal. O mesmo aconteceu na pré pandemia quando a Royal Caribbean finalizou seu terminal. Agora, estamos esperando os novos terminais da Carnival e da MSC Cruises. Desta maneira, a oferta de cruzeiros em Miami continua crescendo, por isso nos chamamos “a capital mundial de cruzeiros”, portanto, o colombiano que vem ao destino tomar um cruzeiro vai ter muitas mais opções.
Como avança a recuperação dos eventos?
-Muitos já regressaram, tais como o South Beach Wine & Food Festival e The Miami Marathon and Half Marathon, em fevereiro; tivemos o torneio de tênis Miami Open e o evento de eletrônica Ultra Music Festival, em março; e a novidade foi o começo da corrida de Fórmula 1, que foi realizada em 8 de maio. Assinamos um acordo, onde vamos ter esta competição durante 10 anos no destino. Brevemente, teremos de volta o Art Basel, um encontro de arte que será de 16 a 19 de junho.
Como é o comportamento do mercado latino?
-Tradicionalmente os primeiros três lugares na região que mais visitantes geram a Miami são o Brasil, a Colômbia e a Argentina. Quando as coisas não estavam bem no Brasil, a Colômbia foi por dois anos consecutivos o mercado número um, em 2017 e 2018.