Durante o recente IPW 2025, a feira de turismo receptivo dos Estados Unidos realizada em Chicago, a Rèport entrevistou Marcos Barros, vice-presidente de Vendas e Marketing Internacional para a América Latina da Universal Destinations & Experiences.
Qual o balanço das primeiras semanas de operação do Epic Universe?
O Epic Universe não apenas transformou o Universal Orlando Resort, como também a própria cidade de Orlando. Este é o nosso quarto parque temático, e isso muda absolutamente tudo. Agora, mais do que nunca, nos posicionamos como um destino completo de férias, especialmente para as famílias latino-americanas, que costumam ficar conosco pelo menos uma semana para aproveitar tudo. Estamos muito empolgados, muito satisfeitos. Começamos com força e com grande apoio do trade local e regional na América Latina. Os agentes de viagens estão muito entusiasmados também.
Os primeiros feedbacks que recebemos dos visitantes foram muito positivos. Quem nos visita fica encantado com o nível de imersão do parque. O Epic Universe é o parque mais ambicioso que a Universal já construiu no mundo. Além das atrações, há muitas opções gastronômicas que estão sendo muito bem recebidas. A tecnologia de última geração também faz uma grande diferença. Os números iniciais são sólidos e já vemos um forte início de temporada de verão e de pré-vendas para o segundo semestre.
Qual foi o impacto da abertura dos novos hotéis?
Essa abertura veio acompanhada de três novidades. Inauguramos três novos hotéis: Universal Terra Luna, Universal Stella Nova e o Universal Helios Grand Hotel, que é o único localizado dentro de um parque temático em toda a Flórida. Todos os nossos hotéis oferecem benefícios exclusivos, como uma hora de acesso antecipado aos parques. Em três deles também está incluído o Universal Express sem custo adicional. Atualmente, temos 11 hotéis e 11 mil quartos, conectados por transporte gratuito em todo o complexo.
Qual é hoje a importância do mercado latino-americano para a Universal?
É primordial. Nossos cinco mercados-chave na América Latina são Brasil, México, Argentina, Colômbia e Chile. Juntos, formam a região que mais envia visitantes entre todos os mercados internacionais. Além disso, como os latino-americanos vêm de mais longe, costumam ficar mais tempo. Visitantes da Argentina, Chile e Brasil, por exemplo, prolongam mais suas estadias do que os do México ou Colômbia. Mas com quatro parques, acreditamos que todos os visitantes vão querer passar mais noites conosco para aproveitar tudo.
Os viajantes latinos tendem a comprar pacotes com hotel e ingressos?
Sim, e isso é algo que incentivamos muito. Um dos nossos pilares estratégicos é o que chamamos de “pre-arrival commitment”: garantir que os visitantes já cheguem com sua experiência planejada e reservada. Eles já sabem que vão para Orlando, que vão ficar sete noites, e que quatro desses dias serão dedicados à Universal. Trabalhamos bem próximos aos operadores turísticos da região para facilitar opções, pacotes, financiamento e parcelamento. É uma verdadeira parceria com o trade.
Como estão as pré-vendas para a alta temporada de janeiro-fevereiro de 2026?
Já vemos um forte crescimento nas reservas de hotel, que costumam chegar antes das de ingressos. Notamos um aumento no número de noites reservadas, e isso se deve claramente ao impacto do Epic Universe. As pessoas entendem que precisam de mais tempo para aproveitar tudo.
Quais são as outras novidades além do Epic Universe?
Às vezes parece que a DreamWorks Land, que inauguramos recentemente, ficou em segundo plano. Mas continua sendo novidade para muitos. Além disso, acabamos de anunciar as casas mal-assombradas para o Halloween Horror Nights 2025, com novas temáticas como Sexta-feira 13, Five Nights at Freddy’s e Fallout. É um evento chave para nós, e a cada ano o expandimos com novas propostas.
E não podemos esquecer do nosso parque aquático. Não há novidade nesta temporada, mas sigo convencido de que o Volcano Bay é o parque aquático temático mais impressionante de Orlando. Na América Latina, especialmente na Argentina e no Brasil, há grande afinidade com esse tipo de experiência, e o promovemos como parte integrante do pacote de quatro parques.
Há novidades em relação à venda de produtos para o mercado latino-americano?
Sim. Hoje o ingresso mais vendido na região é o Explorer Ticket, que oferece 14 dias de visitas ilimitadas aos três parques existentes e um dia no Epic Universe. Mas em 2026 vamos lançar o Universal All Parks Ticket, com 14 dias de acesso ilimitado aos quatro parques. Essa estratégia busca distribuir melhor a demanda inicial para o Epic Universe e garantir uma experiência ideal.
Como vocês comunicam essas informações aos agentes de viagens?
A capacitação é fundamental. Continuamos ativos nos cinco principais mercados. Vamos participar da FIT na Argentina e, embora não repitamos a mesma intensidade de visitas da primeira metade do ano (quando lançamos o Epic Universe), estaremos presentes em Buenos Aires, Santiago, Bogotá, Cidade do México, São Paulo e Rio. Também mantemos uma agenda de webinars e treinamentos presenciais.
A Universal também tem planos fora de Orlando. O que pode nos contar?
Estamos crescendo em vários lugares. Em agosto de 2025, abriremos o Universal Horror Unleashed em Las Vegas, uma versão permanente do Halloween Horror Nights. Em 2026, será inaugurado o Universal Kids Resort em Frisco, Texas. E em 2031, vamos abrir um novo parque no Reino Unido. Além disso, no início de 2026, no Universal Studios Hollywood, lançaremos a montanha-russa mais rápida do grupo: Fast & Furious: Hollywood Drift. É uma grande aposta, especialmente para o mercado mexicano, que adora essa franquia.
Com base em todas essas novidades e informações, qual é a mensagem que os visitantes latino-americanos devem guardar na mente?
A Universal já não é apenas uma parte da viagem: é o centro. Queremos que o visitante fique conosco, que viva uma experiência completa e que volte. Porque sempre haverá algo novo para descobrir.
