Viagens domésticas impulsionam o turismo no Brasil, mas ampliar o fluxo internacional é o novo desafio

Segundo o WTTC, 80% do turismo no país vem de viagens nacionais, que hoje sustentam quase 8 milhões de empregos. Para crescer, o setor precisa atrair mais visitantes internacionais.

A vice-presidente executiva do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), Virginia Messina, destacou durante o segundo dia do Visit Brasil Summit, no Museu do Amanhã, que cerca de 80% do turismo no Brasil é impulsionado por viagens domésticas. A afirmação veio acompanhada de um alerta: é preciso ampliar o fluxo internacional para garantir crescimento sustentável ao setor.

Durante sua apresentação sobre “Dados são o Futuro do Turismo”, Messina ressaltou que o turismo no Brasil já representa 7,7% do PIB nacional e emprega 8 milhões de pessoas, o equivalente a um em cada 13 postos de trabalho no país. Desse total, aproximadamente R$ 167 bilhões são gerados por turistas brasileiros, que representam 79% das viagens realizadas no território nacional.

“A força do mercado interno é inegável. Mas agora o grande desafio é atrair mais visitantes internacionais. O Brasil tem um potencial enorme ainda inexplorado”, afirmou Messina, sinalizando que a atuação da Embratur nesse sentido é fundamental para posicionar o país como um destino globalmente competitivo.

O evento também destacou as tendências que moldam o novo perfil do viajante, como o “bleisure” (viagens que mesclam negócios e lazer) e o trabalho remoto durante deslocamentos. “As pessoas continuam priorizando viajar”, disse Messina. “Essas novas formas de turismo vieram para ficar e devem ser consideradas nas estratégias futuras”.

A executiva também enfatizou o papel da tecnologia e da inteligência de dados como ferramentas essenciais para transformar a experiência do turista, além de orientar políticas públicas mais eficazes e sustentáveis. “O turismo está cada vez mais multifacetado, integrando companhias aéreas, aeroportos, hotéis, operadoras, plataformas digitais, empresas de tecnologia e até instituições financeiras”, comentou.

Globalmente, o setor de viagens e turismo contribuiu com US$ 10,9 trilhões para a economia em 2024 — cerca de 10% do PIB mundial. A projeção do WTTC é que esse número suba para US$ 11,7 trilhões ainda este ano, e atinja impressionantes US$ 16,5 trilhões até 2035. O crescimento médio esperado para o setor nos próximos 10 anos é de 3,5% ao ano, acima da média da economia global.

Em reconhecimento à sua contribuição para o setor, Virginia Messina recebeu uma homenagem das mãos de Bruno Reis, diretor de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Embratur, durante o evento.

O Visit Brasil Summit reuniu lideranças do setor público e privado, com foco em debater as estratégias para promover o Brasil no cenário internacional e fortalecer a cadeia produtiva do turismo nacional. A expectativa é que, com ações integradas e políticas bem definidas, o país possa aproveitar melhor seu potencial para se destacar no turismo global.

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