Os gastos internacionais alcançarão US$ 2,1 trilhões. O Conselho Mundial de Viagens e Turismo projeta uma contribuição histórica de US$ 11,7 trilhões ao PIB global e a criação de 14 milhões de novos empregos neste ano.
O turismo internacional caminha para um ano sem precedentes. Segundo o Relatório de Impacto Econômico (EIR) 2025 do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), os gastos dos visitantes internacionais alcançarão o recorde de US$ 2,1 trilhões, superando amplamente os níveis pré-pandemia.
O relatório aponta que o setor turístico contribuirá este ano com US$ 11,7 trilhões ao PIB mundial, o que equivale a 10,3% da economia global. Além disso, estima-se que o número de empregos associados ao turismo atingirá 371 milhões de postos, mais que a população total dos Estados Unidos.
“As pessoas continuam priorizando as viagens. Isso é um voto de confiança em nosso setor e um indicador de sua força”, afirmou Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC. No entanto, ela alertou sobre disparidades regionais: enquanto alguns países registram números recordes, outras economias, como Estados Unidos, China e Alemanha, mostram uma desaceleração na recuperação do setor.
Por outro lado, mercados como a Arábia Saudita e países europeus como França e Espanha mantêm um crescimento dinâmico, impulsionado por investimentos estratégicos. A Arábia Saudita, por exemplo, planeja destinar US$ 800 bilhões ao turismo até 2030.
Retrospectivamente, o setor turístico global encerrou 2024 com uma contribuição de US$ 10,9 trilhões ao PIB mundial, com 357 milhões de empregos e um aumento de 12% nos gastos internacionais.
Olhando para o futuro, o WTTC projeta que até 2035 o setor contribuirá com US$ 16,5 trilhões (11,5% do PIB global) e gerará mais de 460 milhões de empregos, reafirmando seu papel estratégico na economia global. Além disso, prevê-se que os gastos internacionais crescerão a uma taxa anual de 3,4%, impulsionados pela expansão do turismo sustentável e pelo investimento contínuo.
O relatório foi elaborado em parceria com a Oxford Economics e é complementado por estudos sobre sustentabilidade, destacando que o setor representou 6,5% das emissões globais em 2023, o que reforça a urgência de avançar em direção a práticas mais responsáveis.