Todos os principais emissores de visitantes ao país registraram um aumento da afluência, exceto a Argentina. Destacaram -se em particular os turistas paraguaios e chilenos.
Durante o mês de janeiro a afluência de visitantes internacionais esbarrou o milhão, com 956.737 turistas estrangeiros que chegaram ao Brasil. O fluxo aumentou de todos os mercados emissores, exceto da Argentina, que atravessa um período de crise.
Os dados da Embratur, do Ministério de Turismo (MTur) e da Polícia Federal mostram que se manteve o nível do verão anterior, com uma leve queda de -1,4 %, impulsionada precisamente pela menor presença de argentinos. No total, houve 14.538 turistas internacionais a menos, já que nos primeiros 31 dias de 2023 o país recebeu 971.275 visitantes do exterior.
Quanto aos turistas procedentes da Argentina, principal fonte do Brasil, a queda foi de 19 %, ou seja, -110.310 turistas em comparação com janeiro de 2023, quando 562.446 argentinos vieram desfrutar do verão e das festas prévias ao carnaval. Este ano, foram 452.136 argentinos. O resultado negativo foi mitigado pelas ações da Embratur, que estabeleceu um plano de contingência para a crise econômica no país vizinho.
Utilizando inteligência de dados, contatando com organizações na Argentina e analisando relatórios da Embaixada do Brasil na Argentina, desde maio de 2023 a Embratur reorientou suas ações em duas direções: reforçar a promoção do Brasil como alternativa aos turistas argentinos de altos ingressos, e reforçar a promoção do Brasil nos países latino-americanos, para compensar a queda argentina.
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, destacou as medidas compensatórias que permitiram manter os níveis de chegadas de turistas internacionais no início do verão. “Com a adoção desta estratégia, foi possível manter o recorde de chegadas de turistas internacionais ao Brasil em níveis equivalentes aos de janeiro do ano passado. Mantivemos o foco na Argentina, que é nosso principal mercado e não deixará de ser, porém temos resultados muito importantes a curto prazo em todo o continente, com destaque para o Chile e o Paraguai”, explicou.
Os argentinos continuam sendo a principal fonte de turistas ao Brasil. A segunda maior origem no período foi o Paraguai, que registrou um aumento no número de chegadas ao país de 19.454, passando de 84.884 em janeiro de 2023 a 104.338 em 2024. O aumento porcentual foi de 22,9 %.
“Temos excelentes perspectivas para aumentar o número de Estrangeiros no Brasil este ano. Acolheremos a reunião de líderes do G20, começamos as preparações para a COP30 e temos o escritório da OMT no Rio de Janeiro. Continuaremos trabalhando para melhorar a imagem do Brasil nos grandes eventos internacionais. Com esta ação conjunta, continuaremos esforçando-nos para alcançar o objetivo de 10 milhões de estrangeiros em quatro anos”, destacou o Ministro de Turismo, Celso Sabino.
O terceiro lugar em emissões em janeiro foi para o Chile, que também apresentou o maior crescimento porcentual: 47,8 %. O país passou de 52.217 turistas no Brasil no primeiro mês de 2023 a 77.221 em janeiro, um aumento de 25.004 visitantes. Além disso, em 2023, o Chile voltou ao nível anterior à pandemia registrado em 2018 e recuperou sua posição como terceiro mercado emissor de turistas ao Brasil, com um total de 458.576 chegadas.
Em quarto lugar, em janeiro, ficou o Uruguai que passou de enviar 56.438 turistas ao Brasil a 62.848 no mesmo período deste ano, o que supõe um aumento de 6.410, ou seja, 11,3 %. Em quinto lugar se situa os Estados Unidos, com um aumento de 8,9 % em número de turistas em janeiro. O país passou de 47.651 em janeiro do ano passado a 51.919 este ano, 4.268 a mais.
A Bolívia, por sua vez, enviou 17.686 turistas ao Brasil em janeiro passado, um aumento de 4.396, e ficou em sexto lugar. O Peru, em sétimo lugar, teve um aumento de 2.194 visitantes, com 9.214 entradas registradas. Seguem o Equador, com 1.690 entradas e um aumento de 78 turistas, e a Venezuela, que registrou 1.184 turistas nos 31 primeiros dias deste ano, o que supõe um aumento de 158 visitantes em comparação com janeiro do ano passado. Os outros países emissores cresceram em conjunto em 40.636, passando de 167.639 a 208.275 na comparação entre os períodos.