A cidade terá uma megafesta de fim de ano tão impactante como sustentável, para a qual se espera a presença de umas 200.000 pessoas.
Pela primeira vez, a comemoração do Réveillon na capital de Santa Catarina não terá um espetáculo de fogos artificiais — que serão substituídos por drons luminosos— com o fim de evitar a contaminação sonora para pessoas e mascotes. Espera-se que umas 200 mil pessoas recebam o ano de 2024 na baía da cidade.
O “Réveillon” é uma comemoração que se estende por todas as cidades do país, e cada uma com suas peculiaridades. A alegria, a roupa branca, pular sete ondas no mar como promessa de boa sorte e a esperança de um ano melhor são, no entanto, fatores comuns para despedir o ano que termina.
Quem escolher passar 31 de dezembro com as mais de 200 mil pessoas que se concentram nas ruas da cidade para esperar a chegada de 2024 serão testemunhas de um “Réveillon” muito original.
Em meados deste ano, o governo da cidade decidiu que proibiria o show de fogos artificiais pelos problemas que o ruído cria nas pessoas com hipersensibilidade auditiva e nas mascotes.
“Para o amanhecer do primeiro dia de 2024, prepare-se para enxugar os olhos. Floripa promete muita emoção”, anunciou o prefeito da cidade, Topázio Neto, através das redes sociais. Segundo as autoridades, o festejo incluirá shows musicais (Alexandre Pires e o duo country Marcos e Belutti), um “show aquático” na Bahia Norte, a atuação de uma bailarina sobre um piano suspenso no ar e a apresentação de drons iluminados substituindo os fogos artificiais na Bahia Norte e na Bahia continental, dos lados da ponte Hercílio Luz.
No ano passado, as autoridades de Florianópolis organizaram um espetáculo pirotécnico de 15 minutos, lançando os fogos artificiais em balsas situadas na Bahia Norte, mas, o show gerou queixas pelo ruído.
A capital de Santa Catarina não foi a única cidade a tomar uma medida similar, já que em 2022 várias capitais proibiram os fogos artificiais no “Réveillon”, entre elas Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza, Goiânia e Macapá.
Em maio deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que os municípios brasileiros podem proibir por lei municipal o lançamento de fogos artificiais e artefatos pirotécnicos.
Entre 2021 e este ano, as icônicas praias catarinenses de Camboriú, Canasvieiras, Ingleses e Jurerê atravessaram processos de ampliação de sua faixa de areia. Trata-se de obras de dragado e recheio para combater a tendência da maré de aproximar-se cada vez mais à costa, reduzindo o espaço de areia para os visitantes desfrutarem.