Terminal de Outeiro, ampliado para a COP30, é destaque em tratativas entre o Ministério do Turismo e a CLIA Brasil para inserir a capital paraense em roteiros nacionais e internacionais
O Ministério do Turismo iniciou negociações com a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA Brasil) para incluir a cidade de Belém (PA) nas próximas temporadas de cruzeiros marítimos, tanto em rotas nacionais quanto internacionais. A iniciativa visa consolidar a capital paraense como um novo polo estratégico no turismo da Região Norte e ampliar a presença da Amazônia nesse segmento.
Em ofício enviado à CLIA Brasil, o Ministério do Turismo ressaltou o potencial do Terminal Portuário de Outeiro, que passou por um processo de modernização e ampliação como parte das ações preparatórias para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), prevista para 2025. A requalificação da estrutura permitiu que o terminal esteja apto a receber embarcações de grande porte, com condições logísticas e operacionais favoráveis.
Além da infraestrutura, o Ministério também enfatizou a relevância de integrar Belém aos roteiros de cruzeiros para fomentar o desenvolvimento socioeconômico local, valorizar os atrativos turísticos, gastronômicos e culturais da região e reforçar a Amazônia como destino de destaque no turismo internacional.
“Com essa ampliação para Belém, teremos a possibilidade de aumentar, cada vez mais, o número de visitantes nacionais e internacionais para o turismo na Amazônia, oferecendo uma experiência satisfatória. A COP30 foi a prova de que somos capazes disso”, afirmou o ministro do Turismo, Celso Sabino.
A resposta da CLIA Brasil foi positiva. A associação manifestou interesse em colaborar tecnicamente e internacionalmente para promover Belém como destino turístico e viabilizar operações de cruzeiros. Além disso, comprometeu-se a divulgar informações sobre o Terminal de Outeiro e seus atrativos junto às 43 companhias associadas — responsáveis por 310 navios em operação e com 81 novas embarcações encomendadas até 2036.
O material a ser compartilhado inclui dados técnicos, contatos institucionais, informações sobre infraestrutura portuária, logística, atrativos culturais e possibilidades de conexão com o Caribe Sul, a Amazônia e as regiões Norte e Nordeste do Brasil.
A iniciativa se alinha a uma estratégia mais ampla do governo federal para ampliar e diversificar a oferta turística brasileira, com foco na valorização de regiões historicamente menos exploradas pelo turismo de cruzeiros, como a Amazônia.



