O aumento da renda em todo o mundo está gerando uma nova classe de viajantes. Trata-se de uma tendência particularmente notável na América Latina, na África e em alguns países da Ásia.
Em 2025, a proporção de lares com rendas anuais iguais ou superiores a US$ 20 mil por ano nos mercados emergentes superará a dos países desenvolvidos (56% do total). Essa classe de viajantes representa atualmente 90% dos gastos em viagens internacionais e cerca de quatro em cada cinco chegadas internacionais. Extrapolando esse cálculo, a empresa de serviços financeiros Visa estima que quase metade das famílias de todo o mundo poderá pagar por uma viagem em 2025, mas apenas uma em cada oito realmente viajará.
Um terço delas fará pelo menos uma viagem internacional por ano, na qual gastará mais de US$ 5.300. Essa estimativa inclui despesas efetuadas durante a viagem, como alimentação e hospedagem, mas exclui gastos anteriores ao deslocamento, como a compra de passagens aéreas.
A importante expansão da classe média, sobretudo nos países em desenvolvimento, significa que cada vez mais pessoas terão maior poder de compra, maiores rendas disponíveis e, portanto, viajarão mais.
Seus gastos em viagens representarão 45% dos US$ 1,5 trilhão de receitas anuais do turismo transfronteiriço mundial em 2025. Os chineses, que provavelmente quase duplicarão seus gastos em viagens internacionais, terão a maior despesa, chegando a US$ 255 bilhões, o que corresponderá a quase um sexto dos gastos mundiais em viagens em 2025 e representará um aumento de 86% em comparação com 2015. Os Estados Unidos ficarão em segundo lugar, muito atrás da China, com gastos de US$ 134 bilhões.
Principais mercados emissores de acordo com seus gastos em viagens em 2025:
- China – 255.000 (em milhões de US$)
- Estados Unidos – 134.000
- Alemanha – 98.000
- Reino Unido – 97.000
- Rússia – 49.000
- Hong Kong – 47.000
- Cingapura – 45.000
- França – 44.000
- Brasil – 38.000
- Coreia do Sul – 34.000