O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse que o sistema, que inclui outras medidas adicionais de segurança, tem como objetivo evitar que os marginais troquem as malas no aeroporto de destino.
O Governo federal tem intenção de implementar um plano para melhorar a segurança nos aeroportos de todo o país, que inclui fotografar a bagagem dos passageiros com destino ao estrangeiro.
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse que o passageiro terá acesso à foto mais tarde.
“Queremos que as câmaras fotografem cada uma das bagagens das pessoas antes de que embarquem. Quando estiverem no voo, [receberão] uma mensagem de WhatsApp [com a imagem] de sua mala fotografada, que depois poderá ser utilizada para demonstrar com que mala estava”, disse o ministro em uma entrevista com o programa A Voz do Brasil.
Segundo França, o assunto já foi discutido com o ministro de Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já que o setor é responsável da Polícia Federal (PF).
“Vamos conversar com todos os aeroportos que têm voos ao exterior, que não são tantos, para que cada vez que a pessoa estiver despachando uma mala, que seja fotografada e enviada ao celular da própria pessoa que está embarcando, no mesmo momento”, disse o ministro.
O plano também propõe instalar escâneres corporais e de raios X, câmaras na zona de faturamento, o uso de detectores de líquidos e explosivos e a restrição do uso de celulares por parte dos funcionários em alguns lugares dos terminais.
“Alguns marginais organizados fazem chantagem com essas pessoas [que trabalham nas zonas internas dos aeroportos. Sem celulares, ficam sem esse contato”, explicou França.
O Governo pretende aplicar essas medidas inicialmente no aeroporto de Guarulhos, o maior do país, com um investimento estimado em R$ 40 milhões. Em uma segunda fase se levará a iniciativa a outros aeroportos do país que operem voos ao estrangeiro, para finalmente instalá-la em todos os terminais aéreos do país.
A possibilidade das fotografias se tornou objeto de avaliação depois do encarceramento de duas mulheres brasileiras durante 38 dias na Alemanha, suspeitas de tráfico de drogas. As mulheres foram liberadas quando se descobriu que tinham trocado as malas por outras com droga no aeroporto de Guarulhos: as malas com drogas estavam etiquetadas com seus nomes, mas, não eram as que elas tinham despachado.
