Em março o país superou a afluência de visitantes internacionais da pré-pandemia, com os argentinos na cabeça do ranking, seguidos pelos estadunidenses e paraguaios.
Uns 2,3 milhões de estrangeiros visitaram o Brasil no primeiro trimestre de 2023, segundo um estudo da Agência Brasileira de Promoção do Turismo Internacional, Embratur, e do Ministério de Turismo.
A afluência é superior ao do mesmo período de 2020, o último ano antes da declaração da pandemia do Covid-19, quando o país recebeu 1,9 milhões de visitantes internacionais. O desempenho também foi superior ao do primeiro trimestre de 2019, quando houve 2,2 milhões de turistas estrangeiros.
A Argentina se consolidou como o país que mais turistas estrangeiros envia ao Brasil com um milhão de turistas durante o primeiro trimestre de 2023. Depois os Estados Unidos, com 184.300 visitantes, e terceiro o Paraguay, com 151.500. Os estados mais visitados foram o Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.
Só nos dois primeiros meses do ano, um total de 1,5 milhões de visitantes injetaram na economia do país o equivalente a US$ 1.200 milhões, segundo o relatório oficial.
“O turismo é estratégico para nossa economia, porque o dinheiro que os estrangeiros gastam consumindo aqui beneficia diretamente os trabalhadores e empresários brasileiros. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostra que por cada R$ 1 que investimos na promoção internacional do turismo, retornam R$ 20 à nossa economia. Estamos falando de um investimento de alto retorno. Este resultado positivo é fruto da nova percepção que o mundo tem do Brasil. A comunidade internacional entendeu que o Brasil da democracia, a diversidade e a sustentabilidade estão de volta, com os braços abertos”, disse o presidente da Embratur, Marcelo Freixo.
O Brasil também recuperou o nível de frequências aéreas prévio à pandemia. A rede aerocomercial registrou um aumento de 48,42 % na conectividade internacional com relação ao mesmo mês de 2022, passando de 2.983 a 4.427 voos mensais. Os números registrados em abril de 2023 confirmam que o Brasil opera no mesmo nível que em 2019, último ano antes da pandemia, com 99,71 % de sua capacidade operativa.
Também, produziu-se um aumento das poltronas nos voos, com um pulo de 742.209 a 1.067.079 poltronas mensais, o que equivale a um aumento de 43,77 %.
Entre abril e dezembro deste ano, o Brasil oferecerá 9,7 milhões de poltronas para quem demandar passagens aéreas para esse país, um pulo de 26 % e dois milhões de passagens adicionais com relação ao mesmo período de 2022. A informação consta em um relatório da Agência Brasileira de Promoção do Turismo Internacional, Embratur, com dados da consultora ForwardKeys, um dos principais fornecedores mundiais de análise de dados de viagens.
Quanto aos voos internacionais mensais com destino ao Brasil, a América Latina registrou um aumento de 77,64 % -de 1.419 a 2.520 voos-, e em poltronas em 82,62% (de 263.387 a 480.986 poltronas). Da Argentina, existe atualmente quase uma centena de voos para o Brasil, e até junho se incluirão seis novas frequências de Mendoza, Ushuaia, San Martín de los Andes e Córdoba.
Na América do Norte, registrou-se um aumento do número de voos e lugares: 52,68 % em voos (de 480 a 733) e 51,16 % em lugares (de 136.406 a 206.186 poltronas).
Na Europa também houve variações positivas em voos e poltronas com respeito a abril de 2022; de 6,98 % em voos (de 921 a 986); em poltronas foi de 10,35 % (de 280.410 a 309.420).
Quanto à Ásia, os voos aumentaram 14,29 % (de 120 a 137), e as poltronas 12,13 %, (de 50.040 a 56.109), enquanto a África registrou um aumento de voos de 20 % (de 43 a 51) e de lugares de 20,16 % (de 11.966 a 14.379).