Para o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, a atividade turística pode ser um recurso contra as atividades ilegais que ameaçam o meio ambiente.
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, pretende intensificar o turismo em áreas de preservação ambiental e que atualmente sofrem uma alta incidência de atividades ilegais, como a mineria e o desmatamento para o contrabando de madeira. A intenção, diz, é criar opções para lugares como a região dos povos originários yanomami, como forma de combater as ações criminais que foram instaladas como motor econômico local.
Freixo estima que há que oferecer opções sustentáveis para combater a mineria ilegal e o corte de bosques nas regiões amazônicas brasileiras. O novo governo anunciou a unificação de sua marca país para ações de promoção de suas exportações e do turismo, com a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade como premissas.
“Onde há mineria ilegal, há que tirá-la dali. Que atividade econômica vai substitui-la? Por que se não tiver, o que vai acontecer com o povoado, o mercado e a geração de emprego? Hoje, o turismo pode substituir as atividades econômicas ilegais que ameaçam o meio ambiente e os povos originários”, afirmou Freixo em uma entrevista ao jornal Folha de São Paulo. “O turismo entra como uma alternativa de possível resposta [à crise], para gerar crescimento econômico”, disse Feixo, designado a seu cargo no mês passado.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva está realizando uma grande operação para expulsar os mineiros do território indígena yanomami do estado amazônico de Roraima, ao norte do país. “Quando promove o Brasil, promove o Brasil que vai proteger a Amazônia, e as pessoas querem conhecer a selva. Porém, as pessoas não querem conhecer uma selva devastada, mas, preservada. Quando falamos de ecoturismo, trata-se de uma postura política”, lembou Freixo.