Ambas as plataformas de venda online se encaminham para unir forças, com o objetivo de ganhar poder de negociação em pleno recomeço das viagens e superar a principal OTA do setor.
A recuperação do setor das viagens depois do coronavírus está provocando acomodações no painel, com vários atores que se movem com o objetivo de melhorar suas margens de ação.
Segundo antecipou a imprensa, confirmam as negociações: a 123Milhas e a MaxMilhas estão a ponto de anunciar uma fusão que, caso seja concretizada, dará nascimento à maior OTA do Brasil. Ambas as companhias, que têm na mira superar a Decolar – a principal agência online do país- estão em conversações desde o final do ano passado. Em conjunto, poderiam alcançar vendas de BR$ 6 bilhões (aproximadamente 1bilhão e 100 milhões de dólares, ao redor de 50 % das vendas da CVC, o líder local da indústria tradicional da viagem no Brasil).
123Milhas procurou no ano passado sócios estratégicos com a intenção de ceder 30 % da empresa em troca de 500 milhões de reais. Ao não conseguir interessados, inclinou-se por uma fusão, enquanto a Max Milhas também procurava capital ou uma operação de fusão. “Com o objetivo de ampliar as operações e fortalecer o rendimento em todo o mercado nacional, as empresas 123milhas e MaxMilhas estão formalizando a combinação de seus negócios”, disse 123Milhas em um comunicado, segundo o qual “as operações continuarão sendo independentes e se manterão ambas as marcas”.
As duas companhias operam comprando as milhas dos clientes dos programas de milhas das linhas aéreas e as utilizam para emitir bilhetes, de modo que vendem ao consumidor final pacotes a preços competitivos. Embora o modelo de negócio tenha sido questionado pelas linhas aéreas, receberam apoio na justiça.