Pilotos e comissários de voo param reivindicando reposições salariais e, ao encerrar esta edição, eram dezenas os voos afetados por cancelamentos ou atrasos nos principais aeroportos do país.

A greve aprovada por pilotos e comissários de voo na semana passada começou esta segunda-feira com greves em nove aeroportos do país, provocando atrasos e cancelamentos. Está previsto que as greves, que se produziram de 6.00 a 8.00 horas, serão repetidas diariamente, de forma indefinida, nos seguintes aeroportos: Congonhas, Guarulhos, Rio-Galeão, Santos Dumont, Viracopos, Porto Alegre, Brasília, Confins e Fortaleza.

Pouco depois do meio-dia da segunda-feira, 22 voos tinham sido cancelados e dezenas atrasados devido à greve, segundo as últimas atualizações dos concessionários aeroportuários.

A Infraero comunicou que só no aeroporto Santos Dumont (Rio de Janeiro) foram registrados oito atrasos e 11 cancelamentos, entre saídas e chegadas. No aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foram registrados 34 atrasos e oito cancelamentos, computando também saídas e chegadas.

Segundo o aeroporto de Brasília, foram cancelados dois voos, além de 11 atrasos em voos que decolariam da capital e outros 14 que tinham previsto pousar na cidade. Os voos cancelados sairiam de Salvador e Fortaleza com destino a Brasília.

No aeroporto Afonso Pena de Curitiba foi cancelado um voo. Anteriormente, o aeroporto de Guarulhos tinha informado que dez voos foram afetados pela paralisação e sofreram atrasos.

No pior momento, os aeroportos brasileiros chegaram a ter até 20 voos atrasados ao mesmo tempo.

Os trabalhadores rejeitaram uma proposta de voltar ao trabalho realizada ante o Tribunal Superior de Trabalho e se somaram à convocação do Sindicato Nacional de Aeronautas. Segundo a decisão do Tribunal Superior de Trabalho, TST, 90% dos aeronautas devem continuar trabalhando.

O Sindicato de Aeronautas reclama a recomposição das perdas salariais pela inflação, além de um lucro real, “levando em conta os elevados preços das passagens de avião que geraram crescentes benefícios às companhias”.