Diego García, diretor geral para a América, conto o número das operações da companhia na região, onde ressaltou os resultados alcançados nos últimos meses. O diretor também se referiu ao plano de renovação da frota e ao processo de venda da linha aérea.
Qual é a realidade da companhia na região?
- Estamos saindo da pandemia. A verdade é que estes últimos meses foram muito positivos. Em dezembro tivemos uma ocupação de 90% a nível de longo rádio; ou seja, a conectividade entre a América e a Europa. Estamos mantendo a mesma porcentagem em janeiro e projetando em fevereiro. Dezembro foi o primeiro mês com números azuis na pós-pandemia.
O que poderia nos contar sobre a venda da linha aérea?
-Todos sabem, é público, que tanto a Iberia como a Air Europa retiraram a compra venda da companhia. A Iberia continua interessada e solicitou uma extensão de até mais duas semanas para fazer uma proposta. Do mesmo modo, há outros interessados na companhia que também estão licitando pela compra. O positivo de tudo isso é que, seja a Iberia ou outro jogador, a marca continuará separada e haverá uma continuidade da mesma por muitos mais anos.
Quando voltará 100% a conexão com a Latam?
-No último 3 de fevereiro recuperamos a rota de Córdoba, na Argentina. É nosso destino número 20, de 23 que tínhamos. Desta maneira, faltariam os três destinos do Nordeste do Brasil, que são Recife, Fortaleza e Salvador da Bahia, cuja abertura está sujeita à entrada de cinco novos Dreamliners, que devem ingressar este ano. A ideia é começar em junho ou dezembro, em alguma das duas temporadas altas. Se ingressarem estes aviões, vamos ter 5% a mais de poltronas com respeito prévio à pandemia. O anterior significa voltar a uma operação em quantidade de frequências muito similar.
Vão aumentar frequências?
-No caso de Bogotá, prévio à pandemia tínhamos sete voos semanais e hoje estamos com seis, igual que em Ezeiza. Em São Paulo e Lima contamos com cinco. A ideia é que, nestes quatro destinos tenhamos sete ao terminar o ano.
Como avança o plano para renovar a frota?
- Durante a pandemia trabalhamos em um processo de eficiência de capacidade e aceleramos a troca de frota. Em 2017 começamos a receber os primeiros Dreamliner, cujo processo terminava em 2024, e o que fizemos foi antecipá-lo. Em 2021 terminaram de sair todos os Airbus 330 e ficamos somente com os Dreamliner 787 para longo trajeto. O planejamento que temos é que, em 2024 tenhamos 24 aviões deste tipo, além de 24 Boeing 737-800 NG para curto trajeto. Quando o mercado se recompuser, a ideia é continuar adquirindo frota, mas, tudo vai depender de quem vai ser nosso partner.
Quais são os mercados mais importantes na Latam?
-Bogotá, Ezeiza, São Paulo e Lima foram os principais destinos da companhia. Na pós-pandemia, surpreendeu-nos Asunción, uma rota que era combinada com Córdoba, mas que hoje, quando regressamos da pandemia, é a que tem melhor ingresso médio, portanto, entra neste lote de rotas preferenciais para a região.