Mulheres no turismo: maioria na base, minoria no topo

Embora sejam maioria na base da força de trabalho do turismo, as mulheres ainda enfrentam grandes barreiras para alcançar cargos de liderança. Um novo relatório da Skift Research revela que apenas 7% dos postos de alta direção no setor são ocupados por elas, expondo uma lacuna que ameaça tanto a equidade quanto a competitividade da indústria.

O setor turístico global vive uma paradoxa em relação à igualdade de gênero. Segundo o relatório The State of Talent in Travel 2025, da Skift Research, as mulheres representam a maioria da força de trabalho na hospitalidade — cerca de 51% — e ocupam 39% dos cargos executivos. No entanto, apenas 7% das posições no C-suite (alta direção corporativa) são ocupadas por mulheres.

A lacuna na liderança

O estudo alerta que, apesar do discurso amplamente difundido sobre diversidade e inclusão, as mulheres continuam concentradas em áreas de suporte, como recursos humanos e atendimento ao cliente. Já os departamentos que costumam levar a posições de liderança estratégica — como finanças, tecnologia e desenvolvimento de produtos — seguem sendo dominados por homens.

Essa segregação limita os caminhos rumo a cargos de maior hierarquia e contribui para uma representação desigual nos níveis decisórios. Entre os obstáculos estão os vieses nos processos de promoção, a ausência de patrocinadores internos e a persistência de modelos de trabalho pouco flexíveis, que impactam especialmente mulheres com responsabilidades de cuidado.

Diversidade em risco de virar apenas discurso

O relatório destaca que muitas empresas do setor adotaram compromissos com diversidade, equidade e inclusão, mas há o risco de que essas políticas se tornem meramente formais. Sem mecanismos claros de acompanhamento e metas quantificáveis, os avanços acabam se diluindo na prática.

Um desafio para a competitividade

Para a Skift Research, reverter essa desigualdade não é apenas uma questão de justiça social, mas também um imperativo competitivo. Em uma indústria que depende da inovação, criatividade e diversidade cultural para atrair um público global, a ausência de mulheres nos altos cargos corporativos representa uma perda de perspectivas e oportunidades de crescimento.

“Fechar a lacuna de gênero é fundamental para o futuro do turismo”, conclui o relatório, ao recomendar que as empresas invistam em programas de desenvolvimento de liderança feminina, fortaleçam a mentoria e revisem os sistemas de promoção interna.

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