Com 11,6 milhões de assentos, Brasil mantém liderança regional, enquanto Jetsmart (Chile) se torna a companhia que mais cresce na América Latina e Latam consolida domínio na região andina.
Segundo dados atualizados pela plataforma internacional OAG, a capacidade aérea da América Latina atingiu 41,2 milhões de assentos em junho de 2025, o que representa um aumento de 4,1 % em relação ao mesmo período do ano anterior.
Com 35% dos assentos voltados a voos internacionais (14,5 milhões, +5 %) e o restante a mercados domésticos, o crescimento reflete uma recuperação contínua e a expansão de novas rotas e operadoras em todo o continente.
Brasil continua sendo o maior mercado da região, com 11,6 milhões de assentos disponíveis em junho (+10,5 % em relação a 2024), mantendo-se como centro estratégico da conectividade aérea latino-americana.
No entanto, o Chile também ganhou protagonismo: a companhia chilena de baixo custo Jetsmart registrou o maior crescimento proporcional do mês em toda a região: +32,2 %, o que representa 346.600 assentos adicionais. O grupo Latam, cuja sede original está em Santiago, continua sendo o maior operador do continente, com 8,3 milhões de assentos e uma alta interanual de 8,2 %.
Na contramão do tamanho do mercado, a Argentina apresentou o maior crescimento relativo, com aumento de 14,8 %, ou cerca de 288.000 assentos a mais. Já Colômbia e Porto Rico apresentaram quedas na oferta (-33.000 e -8.400 respectivamente).
As companhias low-cost são as grandes impulsionadoras do crescimento regional. No Brasil, a Gol adicionou mais de 610 mil assentos em junho, um aumento de 21,5 %, consolidando-se como uma das operadoras mais dinâmicas do momento.
A tendência é clara: enquanto os mercados maduros como o brasileiro continuam em expansão, países como Chile e Argentina destacam-se pela velocidade de crescimento e pela entrada agressiva das low-cost. Segundo o CEO do grupo Latam, o cenário atual mostra que o transporte aéreo latino-americano “segue com grande potencial de desenvolvimento”, impulsionado por novas rotas, aumento de oferta e demanda crescente por viagens acessíveis.